O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, vetou integralmente o projeto de lei que instituiria o “Dia da Cegonha Reborn”, data que homenagearia artesãs especializadas na confecção de bonecos hiper-realistas. O veto foi anunciado por meio das redes sociais, com a justificativa sucinta: “Com todo respeito aos interessados, mas não dá”. O projeto, aprovado pela Câmara Municipal em maio, previa a celebração em 4 de setembro, mas não obteve aval do Executivo.
A proposta, relatada por um vereador, defendia a valorização do trabalho das “cegonhas”, como são chamadas as artesãs que produzem os bonecos reborn. O texto destacava o significado emocional desses objetos, especialmente para pessoas que perderam filhos ou buscam vivenciar a maternidade e paternidade de forma simbólica. No entanto, a iniciativa gerou debates sobre o uso desses bonecos em espaços públicos, como consultórios médicos e filas preferenciais.
Enquanto alguns enxergam os reborns como ferramentas terapêuticas, outros criticam a prática de tratá-los como bebês reais, questionando até mesmo a motivação por trás de vídeos que viralizam nas redes sociais. O veto no Rio reflete a polarização em torno do tema, que também inspirou projetos em outras cidades e estados, incluindo propostas para restringir o uso dos bonecos em serviços públicos. Os preços das peças variam de R$ 750 a R$ 9,5 mil, dependendo da complexidade da produção.