O prefeito de Newark, nos Estados Unidos, moveu uma ação federal contra uma procuradora interina e um agente de segurança, alegando que sua prisão em maio foi motivada por razões políticas e não judiciais. O incidente ocorreu durante um protesto contra a operação de um centro de detenção privado para migrantes, local que o prefeito e outros críticos afirmam não ter certificação válida. Ele vinha pressionando por inspeções no local e multando a empresa responsável, que mantém contrato com o governo federal.
A procuradora, nomeada durante a administração anterior, retirou as acusações contra o prefeito pouco depois da prisão, levando um juiz federal a questionar a validade da ação policial. O magistrado considerou a detenção precipitada e destacou que prisões de figuras públicas devem ser baseadas em evidências concretas, não em motivações políticas. O processo busca indenização financeira e alega difamação, enquanto a procuradora respondeu nas redes sociais sugerindo que o foco deveria ser a segurança pública.
O caso ganhou repercussão política, especialmente em meio à campanha eleitoral estadual, na qual o prefeito é candidato. A situação também reflete tensões entre autoridades federais e locais sobre políticas de imigração e o uso de prisões privadas para detenção de migrantes. O processo pode ampliar o debate sobre a influência política em ações judiciais e a gestão de centros de detenção nos Estados Unidos.