Uma pesquisa recente realizada pelo Instituto de Promoção e Defesa do Cidadão e Consumidor do Maranhão (PROCON/MA) revelou que os preços dos produtos tradicionais das festas juninas em São Luís podem variar até 373,68%. O levantamento, conduzido entre os dias 9 e 17 de junho, abrangeu seis supermercados da capital maranhense, examinando um total de 140 produtos. Entre os itens com as maiores discrepâncias de preço destaca-se a macaxeira, com preços oscilando entre R$ 3,99 e R$ 18,90. Outro produto com significativa variação é o coco seco, cujos preços variam de R$ 3,99 a R$ 15,90, uma diferença de 298,50%. Esses dados fornecem uma visão clara sobre as diferenças de custo que os consumidores enfrentam ao se prepararem para as celebrações juninas.
A análise detalhada dos preços dos produtos típicos das festas revela um panorama econômico preocupante para os consumidores locais. Segundo especialistas, essa variação acentuada pode ser atribuída a fatores como a logística de distribuição e a alta demanda sazonal. A vinagreira, por exemplo, apresentou variação de 145,73%, enquanto o milho verde, essencial para várias receitas, varia de R$ 0,99 a R$ 1,99, mostrando uma diferença de 101,01%. Feirantes locais relatam que a chegada das festas juninas tradicionalmente impulsiona os preços, especialmente do milho, que é um dos ingredientes mais procurados. Autoridades do PROCON/MA alertam para a necessidade de uma maior conscientização por parte dos consumidores sobre essas variações para que possam fazer compras mais informadas e econômicas.
O impacto dessas variações de preços vai além das compras individuais, refletindo tendências econômicas mais amplas na região. A inflação e a disparidade nos preços dos produtos básicos podem agravar a desigualdade social, especialmente em épocas festivas, quando as famílias buscam manter tradições. De acordo com economistas, se essas tendências continuarem, o custo de vida durante períodos sazonais poderá se tornar insustentável para muitos. O PROCON/MA planeja implementar iniciativas para aumentar a transparência dos preços e incentivar práticas comerciais mais justas. Essa situação levanta questões sobre a sustentabilidade dos mercados locais e o papel das políticas públicas em mitigar os impactos econômicos nas comunidades, deixando os consumidores a refletirem sobre o equilíbrio entre tradição e acessibilidade.