As cotações do petróleo registraram alta devido ao aumento das tensões entre Israel e Irã, levantando preocupações sobre possíveis interrupções no fornecimento de petróleo do Oriente Médio. O Goldman Sachs avalia que o Brent pode superar US$ 90 por barril no curto prazo, embora mantenha a projeção de queda para US$ 59 em 2025 e US$ 56 em 2026, baseando-se na expectativa de crescimento da oferta fora dos EUA.
O contrato de agosto do Brent, referência internacional, caiu 1,35% na ICE, cotado a US$ 73,23 por barril, enquanto o WTI para julho recuou 1,66% na Nymex, fechando a US$ 71,77. O banco norte-americano incorporou um prêmio de risco geopolítico em sua análise, considerando cenários alternativos, como uma possível redução na produção iraniana, que poderia elevar o Brent para acima de US$ 90, com recuperação posterior.
O Goldman Sachs alerta que preços podem ultrapassar US$ 100 em cenários extremos, como uma interrupção prolongada no Estreito de Ormuz, rota crítica para o transporte de petróleo. Embora considere improvável uma paralisação na região, o banco destaca que os produtores da Opep+ podem não conseguir compensar rapidamente a queda na oferta, aumentando a volatilidade do mercado.