O governo de Portugal informou que 33.983 imigrantes tiveram seus pedidos de residência recusados e podem ser notificados a deixar o país voluntariamente. Desse total, 5.386 são brasileiros, o segundo maior grupo afetado, atrás apenas dos indianos. A Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) está emitindo cerca de 2 mil notificações por dia, com uma taxa geral de rejeição de 18,5% entre os 184.059 processos já analisados.
A medida ocorre após a vitória da Aliança Democrática (AD) nas eleições legislativas de maio, que marcou a ascensão de um partido de extrema-direita como segunda força política no parlamento. Desde então, o governo tem reforçado políticas migratórias mais rígidas, incluindo a extinção de mecanismos anteriores de regularização e a aceleração de indeferimentos. A legislação portuguesa prioriza a saída voluntária, aplicando medidas coercivas apenas em casos de descumprimento.
Embora o impacto seja significativo para brasileiros e outros estrangeiros, as políticas adotadas por Portugal diferem de abordagens mais severas, como as implementadas nos Estados Unidos em anos recentes. O governo também informou que está finalizando a análise de mais de 446 mil processos pendentes, com emissão de documentos de residência e verificação de registros criminais, resultando em algumas detenções por crimes como falsificação de documentos.