O governo português anunciou a expulsão de 33.983 imigrantes que tiveram seus pedidos de residência negados, incluindo 5.368 brasileiros. As notificações estão sendo enviadas a cerca de 2 mil estrangeiros por dia, dando um prazo de 20 dias para que deixem o país voluntariamente. Caso não cumpram o prazo, as autoridades podem adotar medidas coercivas, com possível intervenção de forças de segurança.
A medida faz parte de uma revisão das políticas migratórias após a chegada ao poder da Aliança Democrática, que extinguiu um mecanismo anterior que permitia a regularização sem contrato de trabalho. Até o momento, 184 mil pedidos foram analisados, com 150 mil aprovados e 34 mil rejeitados. Brasileiros lideram tanto em solicitações (73 mil) quanto em aprovações (68 mil), mas a Índia tem a maior taxa de rejeição (46,6%).
O aumento no fluxo migratório nos últimos anos — com a população estrangeira em Portugal triplicando na última década — gerou debates sobre integração e pressão em serviços públicos. O governo justifica as mudanças como necessárias para conter a imigração desordenada, enquanto críticos apontam riscos de xenofobia. O país tem hoje mais de meio milhão de brasileiros, atraídos por fatores como segurança, idioma e oportunidades profissionais.