Um político de esquerda, crítico da excessiva dependência da Coreia do Sul em relação aos Estados Unidos, foi apontado como vencedor das eleições presidenciais no país, segundo pesquisas de boca de urna. O resultado pode levar a mudanças significativas nas relações de Seul com a China e a Coreia do Norte. O candidato, que sobreviveu a uma tentativa de assassinato no ano passado, obteve 51,7% dos votos, enquanto seu principal adversário, um ex-ministro conservador, ficou com 39,3%.
A Coreia do Sul enfrenta instabilidade política desde que o ex-presidente conservador foi destituído após decretar lei marcial em dezembro. Desde então, o país teve três presidentes interinos. O novo líder, que tem histórico como operário de fábrica, prometeu manter a política externa de aliança com os EUA e cooperação com o Japão, além de desafiar a Coreia do Norte em questões de direitos humanos.
No entanto, o político eleito defende uma abordagem mais equilibrada, sem depender exclusivamente dos EUA. Ele afirmou que a relação com Washington é fundamental, mas não deve impedir laços com China e Rússia. Sua visão sugere um possível realinhamento diplomático, buscando maior autonomia nas relações internacionais. A vitória reflete um momento de transição na política sul-coreana.