A Polônia elegeu um historiador conservador e nacionalista como seu novo presidente, em uma votação que reflete o crescente apoio ao populismo de direita no país e na Europa. Com promessas de defender a soberania nacional e valores tradicionais, o presidente eleito deve tensionar as relações com a União Europeia e alinhar-se mais estreitamente com os Estados Unidos. Sua vitória, por uma margem estreita, revela uma nação profundamente dividida, onde metade da população celebra a mudança enquanto a outra expressa preocupação com o futuro das liberdades democráticas.
A eleição representa um desafio direto ao governo do primeiro-ministro, que busca melhorar os laços com a UE e reverter políticas judiciais controversas. O novo presidente terá poder de veto sobre legislações, o que pode dificultar reformas prometidas pela coalizão governista, incluindo direitos para casais do mesmo sexo e leis menos restritivas sobre o aborto. Além disso, sua postura eurocética e críticas à integração europeia podem afetar os esforços do bloco para garantir o cumprimento das regras democráticas no país.
O resultado também tem implicações internacionais, com expectativa de maior proximidade com os EUA e possíveis mudanças no apoio à Ucrânia. Embora o presidente eleito mantenha o compromisso de defender o país contra a Rússia, sua retórica sobre os custos da ajuda e a oposição à adesão ucraniana à Otan sugerem uma postura mais condicional. O mercado reagiu com cautela, e investidores monitoram os riscos de instabilidade política e atritos renovados com a UE, que já retém fundos vinculados a reformas judiciais.