A partir de 1º de julho, a Polícia Federal (PF) do Brasil assumirá o controle das licenças e da fiscalização das atividades de colecionadores, atiradores desportivos e caçadores (CACs), substituindo o Comando do Exército nessa função. Este movimento, anunciado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, envolve a criação de 123 delegacias de controle de armas nas capitais e 96 núcleos no interior do país. Até o momento, 600 servidores da PF foram treinados para essa nova responsabilidade, refletindo uma mudança significativa na gestão nacional de armamentos e atividades relacionadas. A transição visa aumentar a transparência e eficiência no controle de armas, marcando um novo capítulo na segurança pública brasileira.
A decisão de transferir o controle para a Polícia Federal é justificada pelo governo como parte de um esforço para modernizar e tornar mais transparente o sistema de fiscalização de CACs. Segundo autoridades, a mudança permitirá um monitoramento mais rigoroso e centralizado, facilitando a atuação contra o tráfico ilegal de armas. Historicamente, o Exército Brasileiro gerenciava essas operações, mas enfrentava críticas pela falta de transparência e eficácia. Especialistas apontam que a iniciativa pode reduzir a burocracia e aumentar a confiança do público no sistema de controle de armamentos, embora alguns críticos temam que a PF possa enfrentar desafios logísticos e de recursos humanos no início dessa transição.
No futuro, a expectativa é que a Polícia Federal implemente um painel de Business Intelligence (BI) para reunir e analisar dados relacionados ao comércio e uso de armas. Este sistema, conforme anunciado, facilitará a democratização de informações e fortalecerá ações coordenadas contra crimes relacionados a armas. Além disso, a iniciativa pode influenciar políticas públicas e debates legislativos sobre o controle de armas no Brasil. Com essa mudança, há uma oportunidade de alinhar práticas nacionais com padrões internacionais de segurança, ao mesmo tempo em que se busca engajar a sociedade em um diálogo mais amplo sobre a prevenção da violência armada.