A técnica da seleção brasileira feminina de basquete, Pokey Chatman, divulgou nesta segunda-feira (23) a lista das 12 atletas convocadas para disputar a AmeriCupW 2024, a Copa América da modalidade, que acontece em Santiago, no Chile. A convocação foi anunciada um dia após a vitória convincente do Brasil sobre o Canadá por 74 a 55, em amistoso realizado na Arena Mercado Livre Pacaembu, em São Paulo. Atual campeã do torneio, a equipe brasileira estreia contra a Argentina no próximo sábado (28), às 15h10 (horário de Brasília), pelo Grupo A, que também inclui Canadá, República Dominicana e El Salvador. O título da competição garante vaga direta na Copa do Mundo de Basquete Feminino de 2026, que será realizada na Alemanha, o que aumenta a importância do torneio continental para a seleção verde-amarela.
Com um elenco renovado e aposta em jovens talentos, a seleção traz nomes promissores que se destacaram na preparação. A armadora Bella Nascimento foi a cestinha do amistoso contra as canadenses, anotando 19 pontos, seguida pelas alas Vitória Marcelino (18) e Catarina Ferreira (12). Bella e Catarina integram o grupo de quatro atletas que brilham no basquete universitário dos EUA, ao lado da ala/pivô Manu e da ala Ayla, evidenciando a estratégia da comissão técnica de mesclar juventude e experiência. A convocação inclui ainda atletas como Alana Gonçalo, Damiris Dantas e Kamilla Cardoso, figuras chave em campanhas anteriores. Segundo Chatman, o objetivo é construir uma equipe com identidade forte, capaz de competir em alto nível já nesta edição da AmeriCup.
A presença de atletas em formação nos Estados Unidos reflete uma tendência crescente de internacionalização do basquete feminino brasileiro, que busca se reposicionar no cenário global após anos de instabilidade. O desempenho na AmeriCup poderá indicar o rumo dessa nova fase, com implicações diretas no ciclo olímpico e na renovação da base. Caso conquiste o título, o Brasil evitará disputas adicionais por vaga no Mundial, o que permitiria um planejamento mais estratégico para 2026. A expectativa é que a performance em Santiago sirva como termômetro para o futuro da modalidade no país, num momento em que o esporte feminino ganha mais visibilidade e investimento institucional. Para Chatman e sua equipe, a AmeriCup é mais que um torneio: é um ponto de inflexão para o basquete feminino brasileiro.