No primeiro trimestre de 2025, a economia argentina demonstrou sinais de recuperação ao registrar um crescimento de 0,8% no Produto Interno Bruto (PIB) em comparação com os três meses anteriores. Os dados, divulgados nesta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec), indicam uma desaceleração em relação ao crescimento de 1,4% no último trimestre de 2024. No entanto, a comparação interanual revela um aumento significativo de 5,8%, impulsionado principalmente pelo consumo interno. O fortalecimento econômico argentino marca uma continuidade na recuperação iniciada no final de 2024, quando o país saiu de uma recessão prolongada.
A recuperação econômica da Argentina é atribuída a várias medidas estratégicas implementadas pelo governo do presidente Javier Milei, que incluem aumento na produção agrícola, estabilidade cambial e ajustes fiscais rigorosos. Conforme especialistas do setor, essas ações foram cruciais para impulsionar o crescimento e restaurar a confiança dos investidores. A inflação, que em maio caiu para 1,5%, mostra uma desaceleração significativa em relação ao mês anterior, enquanto a taxa anualizada permanece em 43,5%. Essa queda na inflação, ainda que modesta, sugere que as políticas de controle econômico estão começando a surtir efeito, apesar dos desafios persistentes.
Olhando para o futuro, a Argentina enfrenta o desafio de manter esse ritmo de crescimento em meio a um clima econômico global incerto. Especialistas alertam que, para sustentar o crescimento, o país precisará continuar a diversificar sua economia e fortalecer setores além do agrícola. As implicações para a política monetária também são significativas, com o Banco Central da República Argentina monitorando de perto a inflação e ajustando as taxas de juros conforme necessário. À medida que o país avança, o foco estará em equilibrar o crescimento econômico com a estabilidade financeira, um desafio que exigirá políticas bem coordenadas e ajustes contínuos para garantir um desenvolvimento sustentável a longo prazo.