A Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de prisão preventiva contra uma deputada federal condenada a 10 anos de prisão por crimes relacionados à invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A parlamentar deixou o Brasil no final de maio e afirmou estar nos Estados Unidos, com planos de seguir para a Europa. A condenação, decidida por unanimidade pelo STF, não impedia sua viagem, já que seu passaporte, apreendido durante as investigações, havia sido devolvido.
A deputada justificou a viagem como necessária para tratamento médico e solicitou licença do mandato. Sua saída do país foi registrada em 25 de maio, quando cruzou a fronteira com a Argentina e embarcou para os EUA. A PGR avalia que o deslocamento pode indicar uma tentativa de evitar o cumprimento da sentença, o que motivou o pedido de prisão preventiva.
O caso agora depende da análise do STF, que decidirá se a medida é necessária diante dos riscos de a parlamentar não retornar ao Brasil voluntariamente. A condenação inclui crimes como associação criminosa e invasão de dispositivo informático, além de outro inquérito relacionado a constrangimento ilegal com arma de fogo. A defesa ainda pode recorrer da decisão.