A Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu um inquérito para investigar o deputado Antônio Leocádio dos Santos, conhecido como Antônio Doido (MDB-PA), após duas apreensões milionárias de dinheiro envolvendo pessoas próximas a ele. O caso tramitará no Supremo Tribunal Federal (STF) devido ao foro privilegiado do parlamentar. A PGR aponta indícios de crimes como peculato, lavagem de dinheiro, corrupção e organização criminosa, relacionados a desvios de recursos públicos.
As investigações começaram após a prisão de um policial militar e dois outros homens em outubro de 2024, quando R$ 4,9 milhões foram apreendidos em Castanhal (PA), suspeitos de serem usados para compra de votos. Mensagens trocadas entre os presos e o deputado reforçaram as suspeitas. Em janeiro de 2025, outro assessor do gabinete foi flagrado com R$ 1 milhão, supostamente destinado a propinas. Ambos os casos partiram de denúncias anônimas.
Antônio Doido está entre os deputados que mais direcionaram emendas parlamentares em 2024, com R$ 37,8 milhões enviados a prefeituras do Pará. A PGR decidiu unificar as investigações no STF. O parlamentar não se manifestou até o fechamento desta reportagem, mas o espaço para sua defesa permanece aberto.