A Polícia Federal (PF) divulgou nesta quarta-feira (18.jun.2025) relatório final que comprova a existência de uma estrutura clandestina na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), utilizada para monitorar ilegalmente políticos, jornalistas, servidores e ativistas durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. As investigações apontam que a prática ocorreu entre 2019 e 2022.
O documento lista mais de 150 pessoas vigiadas, incluindo figuras públicas que já apoiaram Bolsonaro, como o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP). Entre os alvos também estão autoridades de oposição, juízes e membros do Ministério Público, além de profissionais da imprensa que cobriam o governo federal na época.
Segundo a PF, a Abin teria usado softwares de espionagem sem autorização judicial, violando a privacidade e a legislação brasileira. O relatório será encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao MPF (Ministério Público Federal) para análise de possíveis responsabilizações criminais. A Abin informou que colabora com as investigações e que repudia qualquer uso irregular de suas ferramentas.