Investigação da Polícia Federal (PF) sobre a chamada ‘Abin Paralela’ aponta que quase 1,8 mil telefones foram monitorados ilegalmente entre fevereiro de 2019 e abril de 2021, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo a PF, Bolsonaro era o ‘centro decisório’ e definia os alvos da espionagem. A defesa do ex-presidente ainda não se manifestou sobre as acusações. O relatório final da PF, com 1.125 páginas, revela que 34 credenciais do programa israelense First Mile foram usadas para rastrear celulares, resultando em 60.734 consultas irregulares. O software explorava vulnerabilidades nas redes de telefonia 2G e 3G do Brasil. O documento, que teve seu sigilo levantado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes nesta quarta-feira (18), indica que a Abin foi usada para espionar opositores do governo, servidores públicos, jornalistas, parlamentares e membros do Poder Judiciário.