A Polícia Federal (PF) solicitou o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito que investiga o suposto aparelhamento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionar opositores durante seu governo. O caso, conhecido como ‘Abin paralela’, também envolve o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da agência, e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), entre outros mais de 30 indiciados.
O indiciamento representa a imputação, pela autoridade policial, da prática de um ilícito, mas não elimina a presunção de inocência. Segundo a PF, houve um ‘conluio’ entre gestões da Abin para ocultar monitoramentos ilegais, com a agência sendo usada para fins políticos e pessoais em benefício de Bolsonaro e familiares.
O relatório da PF foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e seguirá para a Procuradoria-Geral da República (PGR), que terá 15 dias para se manifestar. Caso aceite a denúncia, os indiciados se tornam réus e o processo avança para uma ação penal, onde poderão ser condenados ou absolvidos.