A Polícia Federal (PF) indiciou 37 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro e o atual diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, por envolvimento em um esquema de espionagem ilegal que utilizou a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo anterior. O relatório de mais de 800 páginas, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), aponta monitoramento de ministros, políticos, jornalistas e servidores da Receita Federal.
Segundo as investigações, um dos alvos da espionagem foi um grupo de auditores fiscais da Receita Federal que atuava em operações sensíveis. O esquema teria usado softwares de monitoramento sem autorização judicial, violando a privacidade de autoridades e cidadãos comuns.
O caso está sob sigilo no STF, mas fontes afirmam que as provas incluem mensagens trocadas entre os investigados e registros de acesso a sistemas restritos da Abin. A defesa de Bolsonaro nega as acusações, classificando-as como ‘perseguição política’. A Abin informou que colabora com as investigações.