A Polícia Federal (PF) indiciou 35 pessoas no relatório final da investigação sobre a suposta ‘Abin paralela’, estrutura criada durante a gestão do deputado federal Alexandre Ramagem (PL) à frente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo de Jair Bolsonaro (PL). O documento, concluído nesta semana, aponta que o esquema teria sido usado para espionagem política e ataques às urnas eletrônicas.
Segundo as investigações, a estrutura paralela operava dentro da Abin com recursos públicos, mas sem controle institucional, para monitorar autoridades e adversários políticos. Entre os indiciados estão servidores da Abin, militares e pessoas ligadas ao governo Bolsonaro. O relatório destaca que o ex-presidente teria sido o principal destinatário das informações obtidas ilegalmente.
As provas colhidas pela PF incluem mensagens trocadas entre os investigados, relatórios de inteligência produzidos de forma irregular e testemunhos que confirmam o uso da estrutura para fins políticos. O caso deve ser encaminhado ao Ministério Público Federal, que decidirá sobre a denúncia dos envolvidos. Ramagem e Bolsonaro negam qualquer irregularidade.