A Polícia Federal (PF) indiciou 35 pessoas no relatório final da investigação sobre a suposta ‘Abin paralela’, estrutura criada durante a gestão do deputado federal Alexandre Ramagem (PL) na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo de Jair Bolsonaro (PL). O documento, concluído nesta semana, aponta que o esquema teria sido usado para espionagem política e ataques às urnas eletrônicas.
Segundo a PF, a estrutura operava de forma ilegal dentro da Abin, utilizando recursos públicos para monitorar adversários políticos e disseminar desinformação sobre o sistema eleitoral. Entre os indiciados estão servidores públicos, militares e aliados do ex-presidente Bolsonaro, que é apontado no relatório como principal destinatário das informações obtidas.
As investigações revelaram que a ‘Abin paralela’ atuou principalmente entre 2020 e 2022, com o objetivo de beneficiar politicamente o então governo federal. A PF encaminhou o caso ao Ministério Público Federal, que decidirá sobre a denúncia dos envolvidos. Ramagem, que disputa a prefeitura do Rio de Janeiro, nega as acusações.