A Polícia Federal (PF) indiciou 35 pessoas no relatório final da investigação sobre a suposta ‘Abin paralela’, estrutura criada durante a gestão do deputado federal Alexandre Ramagem (PL) na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), no governo de Jair Bolsonaro (PL). O documento, concluído nesta semana, aponta que o grupo teria sido usado para espionagem política e ataques às urnas eletrônicas.
Segundo a PF, a estrutura operava à margem dos controles legais da Abin, utilizando recursos públicos para monitorar adversários políticos e disseminar desinformação. Entre os indiciados estão ex-agentes da Abin, militares e aliados do governo Bolsonaro, acusados de crimes como formação de organização criminosa e violação de sigilo funcional.
O relatório destaca que Bolsonaro foi o principal destinatário das informações obtidas ilegalmente, embora não conste como indiciado. A investigação revelou ainda que o esquema atuou para desacreditar o sistema eleitoral, com ações coordenadas antes e após as eleições de 2022. O caso segue sob sigilo e deve ser encaminhado ao Ministério Público Federal nas próximas semanas.