A Polícia Federal (PF) concluiu e encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o relatório final do inquérito que investiga o uso irregular de sistemas de geolocalização pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), no caso denominado ‘Abin Paralela’. Entre os investigados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin, e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ).
O relatório aponta que a estrutura da Abin foi utilizada para monitorar adversários políticos, autoridades, jornalistas e integrantes do Judiciário de forma clandestina, com supostas ordens partindo do ex-presidente. Segundo as investigações, o esquema teria como objetivo garantir a permanência de Bolsonaro no poder, principalmente durante o período eleitoral de 2022.
Este é um dos três inquéritos envolvendo Bolsonaro no STF. O caso das fraudes em certificados de vacina foi arquivado em março de 2025, enquanto as investigações sobre a venda de joias sauditas e a tentativa de golpe de Estado seguem em andamento, com possibilidade de julgamento ainda em 2025.