A Polícia Federal (PF) finalizou as investigações sobre um suposto esquema de espionagem ilegal montado na Agência Brasileira de Informações (Abin) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O caso, que apura o monitoramento de adversários políticos, foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá sobre possíveis denúncias.
Segundo a PF, há indícios de crimes como organização criminosa, mas o ex-presidente não foi indiciado. A apuração identificou a utilização de sistemas de inteligência para fins políticos, com alvos incluindo autoridades e figuras públicas contrárias ao governo da época. A Abin, órgão responsável por atividades de inteligência, teria sido instrumentalizada para ações fora de sua competência legal.
O caso ganhou repercussão após a divulgação de documentos que detalham operações sigilosas contra opositores. A PF destacou que as provas coletadas serão analisadas pela PGR, que poderá formalizar acusações contra os envolvidos. A defesa de Bolsonaro nega irregularidades e afirma que todas as ações foram conduzidas dentro da legalidade.
