A Polícia Federal (PF) encerrou nesta semana as investigações sobre um suposto esquema de espionagem ilegal montado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. O caso, que apura o monitoramento de adversários políticos, será agora avaliado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá sobre possíveis denúncias.
Segundo as apurações, o esquema teria utilizado ferramentas de monitoramento digital para rastrear autoridades sem autorização judicial. A PF identificou indícios de organização criminosa, mas não incluiu o ex-presidente entre os investigados. O relatório final destaca a participação de servidores da Abin e agentes externos na operação.
A correção de informações divulgadas anteriormente pela imprensa foi destacada pela PF, que esclareceu que Bolsonaro não foi indiciado no inquérito. As investigações apontam para o uso irregular de sistemas de inteligência, com possível desvio de finalidade, mas a decisão sobre a ação judicial caberá exclusivamente à PGR.