A Polícia Federal (PF) indiciou 36 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, no inquérito que apura a existência de uma estrutura clandestina de monitoramento ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O relatório final, concluído nesta semana, aponta que a suposta “Abin paralela” teria sido usada por aliados do ex-presidente para fins políticos e pessoais.
O documento destaca indícios suficientes de autoria e provas da materialidade dos crimes, com condutas individualizadas. Segundo a PF, as investigações revelaram o uso irregular de sistemas de inteligência para monitorar autoridades e cidadãos sem base legal, configurando abuso de poder e violação de privacidade.
A PF informou que novos elementos de prova sobre outros envolvidos ainda estão sendo apurados e podem gerar desdobramentos. O caso agora segue para análise do Ministério Público Federal, que decidirá sobre a denúncia dos investigados. Entre os crimes apontados estão associação criminosa, interceptação ilegal e inserção de dados falsos em sistemas de informação.