A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 35 pessoas no inquérito que apura a existência de uma estrutura clandestina de monitoramento ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), supostamente usada por aliados do ex-presidente para fins políticos e pessoais. O relatório final foi concluído nesta quarta-feira (15) e enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O documento aponta ‘indícios suficientes de autoria e provas da materialidade dos crimes cometidos’, com condutas devidamente individualizadas. Segundo a PF, a estrutura funcionou como uma ‘Abin paralela’ durante o governo Bolsonaro, com o uso ilegal de sistemas de inteligência para monitorar autoridades e cidadãos sem base legal.
A investigação ainda identificou novos elementos de prova sobre outros envolvidos, que podem levar a desdobramentos futuros. O caso agora será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator da ação no STF, que decidirá sobre a aceitação ou não dos indiciamentos.