A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito que investiga a suposta estrutura clandestina de monitoramento ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e indiciou 36 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. O caso, conhecido como ‘Abin paralela’, teria sido utilizado por aliados do ex-mandatário para fins políticos e pessoais. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (15) após a finalização do relatório.
O documento aponta ‘indícios suficientes de autoria e provas da materialidade dos crimes cometidos’, com condutas devidamente individualizadas. Segundo a PF, as investigações identificaram a utilização de sistemas de inteligência para monitorar autoridades e cidadãos sem base legal, configurando abuso de poder e violação de direitos fundamentais.
A PF destacou ainda que novos elementos de prova sobre outros envolvidos podem surgir, ampliando o escopo do caso. O relatório será encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF), que decidirá sobre a denúncia dos indiciados. Entre os crimes apurados estão inserção de dados falsos em sistemas de informação, advocacia administrativa e organização criminosa.