A Polícia Federal (PF) identificou indícios da participação do ex-presidente Jair Bolsonaro no esquema de espionagem ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), conforme revelou o relatório final da operação ‘Abin Paralela’, divulgado nesta quarta-feira. No entanto, Bolsonaro não foi incluído na lista de indiciados por já responder por acusação similar no Supremo Tribunal Federal (STF), no inquérito sobre atos golpistas.
De acordo com as investigações, o ex-presidente teria conhecimento detalhado das operações ilegais da Abin e seria o principal beneficiário do esquema. A PF destacou que as provas coletadas apontam para a utilização de ferramentas de monitoramento para fins políticos durante seu governo, com alvos incluindo autoridades e adversários.
A decisão de não incluir Bolsonaro no novo indiciamento foi baseada no entendimento de que a Procuradoria-Geral da República (PGR) deverá avaliar se há necessidade de novas imputações, considerando que o caso já está sob análise do STF. A PF encaminhou as conclusões ao Ministério Público Federal para as devidas providências.