O ministro da Fazenda afirmou em entrevista coletiva que mantém diálogo com os presidentes da Câmara e do Senado sobre o possível aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Segundo ele, há espaço para uma “calibragem” da alíquota, e o cenário político atual seria favorável para avançar em reformas estruturais. A declaração gerou especulações sobre um possível meio-termo com o Legislativo, evitando a rejeição total da medida, o que representaria um revés para o governo.
Apesar do otimismo do ministro, analistas questionam a viabilidade de reformas profundas em um ano eleitoral, já que tais medidas costumam ser impopulares. O governo dificilmente abrirá mão da arrecadação adicional do IOF, considerando a limitação de alternativas para equilibrar as contas públicas sem cortes de gastos. A menção a “reformas estruturantes” é vista por alguns como retórica, dada a falta de avanços concretos até agora.
Enquanto isso, o debate sobre o IOF ocorre em meio a um cenário econômico que mostra sinais de recuperação, com destaque para o desempenho do agronegócio no primeiro trimestre de 2025. A discussão reflete a tensão entre a necessidade de ajustes fiscais e os desafios políticos de implementá-los em um período eleitoral sensível.