A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a prisão preventiva de uma deputada federal e sua inclusão na lista vermelha da Interpol, além do bloqueio de bens e suspensão do passaporte. A parlamentar, condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes como invasão de sistemas e falsidade ideológica, deixou o Brasil alegando tratamento médico na Europa. Ela possui dupla cidadania, o que pode complicar um eventual pedido de extradição.
O caso traz à tona discussões sobre extradição de brasileiros com outra nacionalidade, lembrando o precedente de um executivo do Banco do Brasil extraditado da Itália em 2015 após condenação no mensalão. A decisão italiana na época considerou garantias do Brasil sobre condições carcerárias, mas cada caso é analisado individualmente, considerando tratados bilaterais e legislação local.
O tratado de extradição entre Brasil e Itália estabelece exceções, como crimes políticos ou riscos de perseguição. A situação da deputada pode depender de avaliações jurídicas e diplomáticas, já que a Itália não é obrigada a atender automaticamente ao pedido. O desfecho pode influenciar futuros casos envolvendo dupla cidadania e cooperação internacional em matéria penal.