Durante o 11º Fórum Parlamentar do Brics, realizado em Brasília, parlamentares de países membros e parceiros do bloco criticaram as medidas protecionistas adotadas unilateralmente por nações desenvolvidas, especialmente os Estados Unidos. As discussões destacaram o impacto negativo de tarifas comerciais e políticas que violam as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), prejudicando a economia global. O Brasil, que preside o Brics em 2025, reforçou o compromisso do grupo com o multilateralismo e a cooperação entre economias emergentes.
Representantes de países como China, África do Sul e Emirados Árabes Unidos alertaram para o retorno de uma mentalidade de Guerra Fria, na qual interesses nacionais são colocados acima do comércio global justo. O bloco defendeu a reforma de instituições internacionais, como a ONU e o FMI, para reduzir a influência desproporcional de potências ocidentais. Além disso, foi destacada a importância de fortalecer o uso de moedas locais nas transações comerciais entre os membros do Brics, reduzindo a dependência do dólar.
O fórum também abordou a expansão do bloco, que incluiu novos membros permanentes e parceiros em 2025, ampliando sua representatividade no Sul Global. Parlamentares de nações como Bolívia e Cuba defenderam maior integração econômica e tecnológica, com apoio do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) do Brics. O evento reforçou a posição do grupo como uma alternativa ao unilateralismo, promovendo uma ordem global mais equilibrada e cooperativa.