Um parlamentar italiano apresentou um pedido formal ao governo da Itália para que não conceda refúgio a uma deputada brasileira condenada no Supremo Tribunal Federal (STF). A parlamentar, que possui cidadania italiana, foi sentenciada a 10 anos de prisão e perda de mandato por crimes como invasão de sistemas públicos e inserção de documentos falsos. O político italiano citou tratados de extradição entre os dois países e solicitou coordenação com a Interpol para evitar que a deputada se beneficie da dupla nacionalidade.
A deputada, que atualmente está nos Estados Unidos, afirmou em entrevista que planeja viajar para a Itália por motivos médicos. Enquanto isso, o parlamentar italiano também propôs mudanças na lei de cidadania do país para permitir a revogação de nacionalidade em casos de condenações por crimes graves, como tentativa de golpe de Estado e incitação à violência. Ele mencionou especificamente os delitos atribuídos à deputada, incluindo a disseminação de notícias falsas e o uso de arma em via pública.
Esta não é a primeira vez que o político italiano se manifesta contra figuras ligadas à extrema direita brasileira. Em 2023, ele já havia pedido publicamente que a Itália negasse cidadania a um ex-presidente do Brasil e seus familiares, citando preocupações com a democracia. O caso da deputada reacende o debate sobre a aplicação de tratados internacionais e os limites da dupla nacionalidade em situações de condenações judiciais.