Uma parlamentar condenada a dez anos de prisão pelo STF (Supremo Tribunal Federal) anunciou nesta terça-feira (3) que deixou o Brasil e está na Europa, onde possui cidadania em um país do continente. A decisão ocorre após a Primeira Turma do STF condená-la por unanimidade no último dia 9 de maio por envolvimento em um esquema de invasão aos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Segundo a corte, o objetivo seria emitir documentos falsos e causar instabilidade no Judiciário.
A condenação se baseou no entendimento de que a parlamentar orientou um hacker a invadir o sistema do CNJ para forjar documentos, incluindo um suposto mandado de prisão contra um ministro do STF, com o intuito de provocar tumulto político. A acusação afirma que a ação visava desestabilizar instituições, mas a parlamentar nega qualquer participação no caso. Em entrevista recente, ela expressou preocupação com sua segurança caso fosse presa, citando receios sobre as condições carcerárias e a saudade da família.
A parlamentar, que foi uma das principais figuras do bolsonarismo no Congresso até 2022, afastou-se da vida política após as eleições daquele ano. Agora, com a condenação em vigor, sua decisão de deixar o país levanta questões sobre os próximos passos do processo judicial. O caso continua sob análise, e autoridades brasileiras podem buscar medidas para garantir o cumprimento da sentença.