Parentes de políticos do Partido Liberal (PL) vêm sendo empossadas em diretórios femininos estaduais e municipais, seguindo o exemplo da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que preside o PL Mulher desde 2022. A prática, identificada em pelo menos dez casos, inclui esposas e familiares de integrantes da legenda, muitos sem experiência prévia em cargos públicos.
Um levantamento do jornal *O Globo* revelou que a estratégia visa ampliar a visibilidade dessas mulheres, preparando-as para possíveis candidaturas nas eleições de 2026. Entre as nomeadas, há desde esposas de deputados estaduais até filhas de prefeitos, todas vinculadas a figuras influentes dentro do partido.
Especialistas em política avaliam que a medida, embora legal, reforça a prática de apadrinhamento e pode limitar a participação de mulheres sem ligações familiares no cenário partidário. O PL não se pronunciou sobre as críticas, mas defendeu internamente que as indicações seguem critérios de “compromisso com a causa feminina”.