O ministro da Fazenda deve apresentar ao presidente um pacote de medidas nesta terça-feira (3) para substituir o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A proposta inicial de elevar o IOF, criada para reforçar a arrecadação e cumprir metas fiscais em 2025, enfrentou resistência do mercado e do Congresso, que ainda avalia derrubar o decreto presidencial. O ministro afirmou que o novo plano busca garantir “estabilidade duradoura” para as contas públicas, sem incluir sugestões como a ampliação de leilões de petróleo, que poderia gerar receita adicional.
O pacote foi discutido em reunião com os presidentes da Câmara e do Senado na noite de segunda-feira (2), além de outros líderes governistas. O ministro destacou que o Congresso pediu “medidas estruturais” como contrapartida para não derrubar o decreto do IOF, mas evitou detalhar se o plano inclui mudanças em pisos de saúde e educação ou na correção do salário mínimo. Apesar disso, afirmou que as propostas têm respaldo político e técnico, com apoio de líderes governistas.
O ministro evitou antecipar detalhes do pacote, mas reforçou que o governo busca atingir o “centro da meta fiscal” (déficit zero), e não apenas o limite tolerável. Ele também destacou a importância de reformas estruturais para garantir um ambiente político favorável, embora a aprovação dependa da avaliação dos partidos. O encontro terminou após a meia-noite, sem declarações dos participantes, mas o ministro expressou confiança no alinhamento entre o Executivo e o Legislativo.