Em Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia, armadilhas conhecidas como ovitrampas estão sendo utilizadas para mapear a presença do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. O método foi implantado em bairros com alto Índice de Infestação Predial (IIP), como Parque Ipê e Papagaio. As armadilhas usam levedo de cerveja e palhetas de madeira para atrair fêmeas do mosquito, e o material coletado é analisado em laboratório para identificar áreas críticas e direcionar ações de controle.
A Vigilância Epidemiológica local realiza visitas mensais para recolher as ovitrampas e monitorar a proliferação do inseto. Em áreas com infestação superior a 1%, já foram instaladas 112 armadilhas. Caso seja detectado um alto índice, medidas adicionais são adotadas, como o uso de fumacê e revisitas para eliminação de focos. Além disso, a cidade registrou a primeira morte por dengue em 2025, uma idosa de 79 anos com comorbidades, e contabilizou 955 notificações da doença até maio.
Paralelamente, a prefeitura oferece vacinação gratuita contra a dengue para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, com mais de 34 mil doses aplicadas desde fevereiro de 2024. Testes rápidos também estão disponíveis em unidades de saúde para diagnóstico precoce da doença. As ações buscam reduzir os casos e conter a propagação do mosquito na região.