A criação de ovinos tem se mostrado uma atividade lucrativa e com bom potencial de crescimento em Roraima, especialmente para pequenas propriedades. De acordo com a Agência de Defesa Agropecuária do estado (Aderr), o rebanho local conta com aproximadamente 62 mil animais, a maioria criada em sistemas de subsistência. Produtores estão investindo em raças como Dorper e White Dorper, conhecidas por sua rusticidade e carne de qualidade, para impulsionar o setor com melhoramento genético.
Um exemplo desse movimento é uma fazenda em Mucajaí, que começou com 400 animais e adotou o sistema de pastejo rotacionado para aumentar a produtividade. Atualmente, o local abate cerca de 15 ovinos por semana, destinados ao mercado de Boa Vista, mas planeja expandir para até 40 abates semanais nos próximos anos. O consultor pecuário responsável pelo manejo destaca as vantagens da ovinocultura, como menor demanda por espaço e ciclo de produção mais rápido em comparação à pecuária tradicional.
Com um mercado ainda em desenvolvimento, a expectativa é que a atividade ganhe força no estado, fortalecendo a cadeia produtiva e atendendo à crescente demanda por carne ovina. A aposta em genética de qualidade e técnicas eficientes de manejo pode abrir portas para novos mercados, consolidando Roraima como um polo emergente na ovinocultura.