O ouro registrou queda nesta terça-feira (17), continuando a tendência de baixa da semana, com analistas apontando demanda limitada pelo metal como refúgio. Apesar do aumento das tensões entre Irã e Israel, incluindo possíveis envolvimentos dos EUA, os preços já elevados e a valorização do dólar pressionaram as cotações. O contrato com vencimento em agosto recuou 0,30% na Comex, fechando a US$ 3.406,9 por onça-troy.
Segundo o Commerzbank, a escalada do conflito não provocou uma migração significativa para ativos seguros, indicando que o mercado pode considerar o recente rally do ouro — que subiu quase 30% desde o início do ano — como esgotado. O banco destacou ainda que metais como prata e platina têm sido usados como alternativas, reduzindo a demanda pelo ouro. No entanto, o cenário geopolítico e as incertezas sobre a política tarifária dos EUA mantêm o ambiente favorável para o metal, com possibilidade de novos recordes no futuro.
Enquanto isso, o Federal Reserve (Fed) deve manter as taxas de juros inalteradas na reunião desta quarta-feira, pela quarta vez consecutiva. Analistas consultados pelo Broadcast esperam que o banco central americano adote uma postura cautelosa, aguardando os impactos das tarifas e das tensões globais sobre a inflação.