A Otan está solicitando aos países membros europeus que ampliem suas capacidades de defesa aérea terrestre em cinco vezes, em resposta à crescente ameaça representada pela Rússia. A proposta será discutida em uma reunião de ministros da Defesa da aliança em Bruxelas nesta quinta-feira (5), com o objetivo de fortalecer coletivamente a proteção aérea na região. O prazo para atingir essa meta ainda não foi definido, mas a medida faz parte de um esforço mais amplo para aumentar os estoques de armas e reduzir a dependência dos sistemas de defesa dos EUA.
A iniciativa está alinhada com a meta de elevar os gastos com defesa para 5% do PIB entre os membros da Otan, incluindo investimentos em infraestrutura, ciberdefesa e preparação civil. O secretário-geral da aliança destacou a necessidade de fortalecer a dissuasão e a prontidão militar diante do atual cenário geopolítico. A Europa enfrenta há anos lacunas em sua cobertura de defesa aérea, agravadas pelo envio de equipamentos à Ucrânia e pela crescente sofisticação de ameaças como drones e mísseis.
A Alemanha tem liderado esforços para impulsionar a defesa aérea no continente, incluindo a expansão do projeto European Sky Shield, que visa criar um sistema integrado contra mísseis balísticos. Autoridades da Otan afirmaram que a defesa aérea e antimísseis estão entre as principais prioridades da aliança, que busca modernizar sua estrutura de comando e reforçar sua postura defensiva. A reunião em Bruxelas prepara o terreno para a cúpula de líderes da Otan marcada para junho.