A Otan está pressionando os países membros europeus a expandir suas capacidades de defesa aérea terrestre em cinco vezes, em resposta às crescentes ameaças da agressão russa. A proposta será discutida em uma reunião de ministros da Defesa da aliança em Bruxelas, com o objetivo de fortalecer coletivamente a proteção aérea na região. Embora o prazo para essa ampliação ainda não esteja definido, a medida faz parte de um esforço mais amplo para aumentar os estoques de armamentos desde a Guerra Fria.
A iniciativa está alinhada com a meta de elevar os gastos com defesa para 5% do PIB entre os membros da Otan, incluindo investimentos em infraestrutura e cibernética. Autoridades alertam que a Europa enfrenta há anos uma cobertura insuficiente de defesa aérea, agravada pelo envio de equipamentos à Ucrânia. Sistemas de proteção contra drones, mísseis e caças estão entre as prioridades, já que a aliança reduziu esses investimentos nas últimas décadas para focar em outras regiões.
A Alemanha tem liderado esforços conjuntos na União Europeia para impulsionar a defesa aérea, incluindo a expansão do projeto European Sky Shield, que visa criar um sistema integrado contra mísseis balísticos. A Otan reforça que a modernização das capacidades de defesa e a prontidão para combate são prioridades diante do atual cenário geopolítico. A reunião em Bruxelas preparará o terreno para a cúpula de líderes da aliança, marcada para junho.