Na cúpula da Otan que teve início nesta terça-feira (24) em Haia, na Holanda, os líderes dos países-membros devem formalizar um acordo para elevar os gastos militares para até 3,5% do PIB. Sob forte pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que participa do encontro, a aliança busca fortalecer seu compromisso com a defesa coletiva. Desde a invasão russa na Ucrânia, muitos aliados têm aumentado seus orçamentos militares, mas quase um terço ainda não atingiu a meta mínima de 2% do PIB, estabelecida pela Otan. A decisão ocorre em um momento de tensões crescentes no cenário geopolítico, particularmente com a Rússia e o Irã.
A ampliação dos investimentos em defesa tem sido justificada pelo secretário-geral da Otan, Mark Rutte, como uma medida necessária diante das instabilidades geopolíticas. Ele destacou que, embora a resposta a um eventual ataque russo já fosse devastadora, o fortalecimento das capacidades militares dos países-membros é crucial para a dissuasão. Além disso, o Reino Unido anunciou um plano ambicioso para elevar seus gastos de segurança e defesa a 5% do PIB até 2035, exemplificando um compromisso mais agressivo. Críticos e manifestantes, no entanto, argumentam que o aumento dos gastos militares pode levar a uma escalada de tensões, especialmente em relação ao Irã, cujas relações com o Ocidente têm se deteriorado.
O futuro da aliança parece se direcionar para uma maior militarização, refletindo preocupações com a segurança coletiva e a estabilidade regional. Esse movimento pode sinalizar uma nova era de corrida armamentista, com cada país buscando não só atender às metas da Otan, mas também garantir uma posição de força no cenário global. Enquanto isso, os protestos e as críticas podem pressionar os líderes a equilibrar investimentos em segurança com outras prioridades sociais e econômicas. O desenrolar dessa situação continuará a ser observado de perto, particularmente em como poderá influenciar as relações internacionais e a paz global nos próximos anos.