DUBAI – Grupos fragmentados da oposição iraniana acreditam que o momento de agir pode estar próximo, mas ativistas que participaram de protestos anteriores afirmam não estar dispostos a promover agitações em larga escala, mesmo contra um sistema que rejeitam, enquanto o país enfrenta ataques externos. A situação ocorre em meio a tensões regionais e pressões internas sobre o governo de Teerã.
Os opositores exilados da República Islâmica, que também estão profundamente divididos entre si, têm incentivado manifestações nas ruas. Em regiões fronteiriças, grupos separatistas curdos e balúchis demonstram disposição para confrontar o regime, especialmente após ataques israelenses que atingiram alvos de segurança iranianos. Analistas apontam que essas movimentações refletem fragilidades do governo, mas ainda sem coordenação unificada.
Apesar de a República Islâmica parecer mais vulnerável do que em qualquer período desde os anos pós-Revolução de 1979, desafios diretos ao seu controle permanecem limitados. A ausência de liderança consolidada na oposição e o temor de repressão violenta são fatores que, segundo especialistas, inibem protestos massivos no momento atual.