Mais de R$ 20 milhões em cargas de soja e milho foram furtados de diversas fazendas no estado do Mato Grosso, conforme revelado pela deflagração da terceira fase da Operação Safra nesta terça-feira (24). A Polícia Civil, através da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), cumpriu 63 ordens judiciais, incluindo mandados de busca e apreensão e bloqueio de contas, em cidades como Nova Mutum, Lucas do Rio Verde e Cuiabá. O foco principal desta fase foi o operador financeiro da organização criminosa, responsável por um esquema complexo de aliciamento e lavagem de dinheiro, demonstrando a sofisticação do grupo.
Este grupo criminoso, que atuava com o apoio de funcionários de fazendas, usava notas fiscais falsas para legalizar as cargas desviadas, segundo a investigação. O esquema envolvia infiltração em fazendas estratégicas, como Guapirama e Sulina, aproveitando-se da vasta produção agrícola da região para movimentar ilegalmente grandes quantidades de grãos. De acordo com a Polícia Civil, além do desvio de cargas, o grupo mantinha uma rede de logística ilegal que facilitava a distribuição dos produtos furtados, gerando um impacto significativo na economia local e nas operações das fazendas afetadas. Autoridades destacam a gravidade do caso, que não só prejudica produtores, mas também ameaça a integridade do setor agrícola como um todo.
As implicações futuras desta operação são vastas, com esperanças de que a desarticulação deste grupo criminoso leve a um fortalecimento das medidas de segurança nas fazendas da região. A operação também levanta preocupações sobre a necessidade de maior vigilância e controle sobre a movimentação de mercadorias agrícolas em todo o estado. Especialistas acreditam que o sucesso da Operação Safra poderá servir de modelo para futuras ações em outras regiões afetadas por crimes similares, contribuindo para uma abordagem mais robusta contra o crime organizado no setor agrícola. Este caso ressalta a importância de uma colaboração contínua entre forças policiais e produtores para prevenir futuros furtos e garantir a estabilidade econômica do setor.