Em uma ação coordenada que mobiliza a Polícia Civil de quatro estados, mandados de prisão foram expedidos contra indivíduos acusados de desviar salários dos jogadores de futebol Gabigol, do Cruzeiro, e Kannemann, do Grêmio. A operação, liderada pelas polícias civis do Paraná e de Rondônia, foi desencadeada nesta quinta-feira e busca desarticular um grupo criminoso que realizava golpes financeiros por meio da portabilidade de contas, afetando gravemente a integridade financeira dos atletas. Segundo as investigações, o esquema movimentou cerca de R$ 1,2 milhão, com R$ 800 mil provenientes da conta de um dos jogadores e R$ 400 mil da conta do outro, revelou a Polícia Civil de Rondônia.
O método empregado pelos criminosos envolvia a falsificação de documentos e a utilização de intermediários que, se passando por laranjas, facilitavam a transferência dos valores das contas dos atletas. ‘Falsificavam documentos, laranjas tiravam selfies para verificação digital e incluíam dados verdadeiros das vítimas’, explicou Thiago Lima, delegado da Polícia Civil do Paraná. De acordo com Lima, uma vez que a portabilidade era pedida e realizada, o dinheiro era rapidamente pulverizado em diversas contas, dificultando o rastreamento. As instituições financeiras, que acabaram absorvendo o prejuízo inicial, forneceram a documentação crucial para o avanço das investigações, iniciadas oficialmente em agosto de 2024 após a recepção dos documentos no final de 2024.
Este caso destaca uma crescente preocupação com a segurança financeira de personalidades públicas e a sofisticação dos esquemas de fraude digital. A operação não apenas busca punir os responsáveis mas também serve como um alerta para a necessidade de medidas de segurança mais robustas por parte dos bancos e instituições financeiras. Enquanto as investigações continuam, o impacto da operação já é sentido no mundo do esporte, com clubes e agentes buscando fortalecer os protocolos de segurança para proteger seus atletas. Este incidente sublinha a importância de vigilância constante e cooperação entre entidades financeiras e forças de segurança para combater a criminalidade financeira.