Policiais civis de quatro estados brasileiros realizaram uma operação nesta terça-feira (24) para desmantelar um grupo criminoso responsável por desviar parte dos salários de jogadores de futebol de renome, incluindo Gabigol, atualmente no Cruzeiro, e Walter Kannemann, do Grêmio. Com mandados de prisão e busca sendo cumpridos em Porto Velho, Cuiabá, Curitiba, Almirante Tamandaré e Lábrea, a operação resultou na prisão do líder da organização em Curitiba. As autoridades revelaram que o grupo conseguiu desviar R$ 938 mil apenas dos salários de Gabigol, destacando a sofisticação do esquema criminoso no futebol brasileiro.
O esquema, apelidado de “Falso 9”, utilizava golpes financeiros para acessar ilegalmente os salários dos atletas. Segundo informações da Polícia Civil, os criminosos operavam com uma rede organizada que incluía a coleta de dados pessoais e a criação de documentos falsificados para perpetrar as fraudes. O Ciberlab, Laboratório de Operações Cibernéticas, auxiliou na identificação dos suspeitos e na apreensão de celulares e documentos que comprovam a extensão das atividades ilícitas. Fontes envolvidas na investigação indicam que a operação visa não apenas capturar os responsáveis, mas também desmantelar a infraestrutura digital que possibilitava o funcionamento do esquema.
As implicações deste caso vão além do prejuízo financeiro imediato, levantando questões sobre a segurança dos dados pessoais dos jogadores e a necessidade de maior vigilância no setor esportivo. Especialistas sugerem que o futebol brasileiro precisa adotar medidas mais rigorosas de proteção de dados para evitar fraudes semelhantes no futuro. A operação “Falso 9” pode ser um ponto de inflexão, estimulando clubes e entidades relacionadas a reforçarem suas políticas de segurança cibernética. Conforme a investigação avança, espera-se que outras ramificações do esquema sejam reveladas, oferecendo uma visão mais ampla sobre os desafios enfrentados pela indústria esportiva em relação à cibersegurança.