A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou nesta segunda-feira (16/6) uma redução significativa na ajuda humanitária devido a cortes de financiamento, com destaque para os Estados Unidos. O novo plano prevê US$ 29 bilhões para assistir 114 milhões de pessoas em situação de risco de vida, número 60 milhões menor que o planejado em dezembro de 2023. Até o momento, menos de 13% dos recursos previstos para 2025 foram recebidos.
O valor atual é bem inferior aos US$ 44 bilhões inicialmente projetados para atender 180 milhões de pessoas vulneráveis em mais de 70 países. A decisão dos EUA de encerrar programas de ajuda, somada a cortes de outros países ocidentais, impactou diretamente os recursos. Tom Fletcher, subsecretário-geral da ONU, classificou os cortes como ‘matemática cruel’ e destacou que a ajuda solicitada equivale a apenas 1% dos gastos militares globais em 2023.
A ONU priorizará populações em condições extremas, como Gaza, Mali, Sudão e Iêmen, onde a desnutrição infantil atingiu níveis críticos. Em 2023, quase 38 milhões de crianças menores de cinco anos sofreram desnutrição grave. A agência alerta que a insegurança alimentar aguda cresce pelo sexto ano consecutivo.