O Hemisfério Norte enfrenta um verão excepcionalmente quente, com temperaturas recordes e riscos generalizados. Na China, o asfalto das estradas atingiu 70°C, enquanto o Vale Central da Califórnia registra marcas acima de 37°C. Na Europa, especialmente na Espanha, ondas de calor levaram a alertas para turistas e apagões, como o que deixou a Península Ibérica sem energia por horas. Especialistas alertam que o fenômeno, impulsionado pelas mudanças climáticas, pode bater recordes históricos, sobrecarregar redes elétricas e agravar secas e incêndios florestais, como os já vistos no Canadá.
As consequências econômicas são graves, com prejuízos estimados em US$ 200 bilhões anuais nos EUA até 2030 devido ao calor extremo. A agricultura também sofre, com secas ameaçando safras de trigo na China e nos EUA, enquanto rios como o Mississippi e o Reno podem ter níveis reduzidos, prejudicando o transporte de commodities. Além disso, o aquecimento do Atlântico aumenta o risco de uma temporada intensa de furacões, com potencial para danos bilionários, como os causados pelo furacão Beryl no Texas.
Na Europa, o continente que mais aquece no mundo, a alta pressão atmosférica deve agravar secas e incêndios, enquanto tempestades extremas podem causar inundações repentinas. Na Ásia, Japão e Sudeste Asiático terão verões mais quentes que a média, com a China enfrentando escassez hídrica e aumento na demanda por energia. Para cientistas, o aumento nos extremos de calor é um sintoma claro das mudanças climáticas, transformando verões em períodos cada vez mais perigosos e custosos.