A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou para baixo suas projeções de crescimento para as economias desenvolvidas em 2025, reduzindo a estimativa de 3,1% para 2,9%. O ajuste reflete o aumento da incerteza econômica global, impulsionado por tensões comerciais e políticas protecionistas, principalmente envolvendo os Estados Unidos. O relatório aponta que o comércio mundial desacelerou, afetando economias avançadas como Alemanha, Japão e Reino Unido, com impactos negativos também no crescimento do PIB norte-americano.
Os mercados reagiram imediatamente, com quedas nas bolsas europeias e nos contratos futuros dos principais índices dos Estados Unidos. A OCDE destacou que as barreiras tarifárias e a instabilidade política estão minando a confiança empresarial e os investimentos, ameaçando a recuperação econômica global. O Brasil pode ser afetado pela redução da demanda internacional, especialmente por commodities como soja e minério de ferro, além de enfrentar pressões cambiais devido à aversão ao risco em mercados emergentes.
A organização alertou que, se as políticas protecionistas persistirem, a desaceleração pode se aprofundar, com efeitos negativos duradouros sobre o emprego e o comércio internacional. Enquanto isso, os investidores aguardam novos desdobramentos nas negociações comerciais e indicadores econômicos que possam sinalizar uma mudança no cenário atual. Dados recentes mostram que a produção industrial brasileira já apresenta sinais de desaceleração, reforçando os desafios para o crescimento em meio a um contexto global mais frágil.