A intersecção entre esportes e economia criativa está redefinindo o mercado de mídia, com empresas como a MoveUp e a BR Media liderando movimentos estratégicos. A MoveUp, startup francesa, ampliou sua presença no Brasil ao licenciar conteúdos da NBA para o canal The Playoffs, visando atrair o público jovem através de criadores de conteúdo. Paralelamente, a BR Media, adquirida pelo Publicis Groupe, expandiu sua atuação para o setor esportivo, destacando a valorização de ativos que combinam influência cultural e tecnologia.
O cenário global também reflete essa tendência, com plataformas como a Playback buscando legitimar transmissões esportivas por criadores, enquanto ligas como a MLB e a NBA abrem espaço para novos formatos de interação. Relatórios da Deloitte e da Quartermast indicam que o mercado de criadores cresce rapidamente, impulsionando fusões e aquisições que consolidam ecossistemas antes fragmentados. No entanto, desafios persistem, especialmente no Brasil, onde a submonetização e a falta de estrutura limitam o potencial de muitos influenciadores.
Essa transformação aponta para um futuro em que a mídia esportiva será cada vez mais moldada pela conexão entre conteúdo, comunidade e comércio. Enquanto grandes grupos buscam escala e startups exploram nichos, os criadores emergem como peças centrais nessa equação. A previsão é que os próximos anos testemunhem uma aceleração nas transações, com vencedores sendo aqueles que souberem integrar inovação e engajamento de forma orgânica.