O novo presidente da Coreia do Sul assumiu o cargo nesta quarta-feira (4), poucas horas após vencer as eleições antecipadas realizadas na véspera. Em seu discurso de posse, ele alertou sobre os riscos do protecionismo comercial, que considera uma ameaça à “sobrevivência” do país, em referência às recentes tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre importações de aço e alumínio. O líder também destacou a necessidade de diálogo com a Coreia do Norte para promover a coexistência pacífica, afirmando que “a paz é melhor que a guerra”.
A eleição ocorreu em meio a um cenário de instabilidade política, após meses de crise decorrente de uma tentativa fracassada de decretação de lei marcial no final de 2024. O novo presidente, de centro-esquerda, venceu com folga o candidato conservador, cujo partido era ligado ao antecessor deposto. A votação foi interpretada por analistas como um referendo sobre a gestão anterior, marcada por polarização e tensões institucionais.
Além dos desafios diplomáticos e comerciais, o novo governo terá de enfrentar questões internas, como uma das menores taxas de natalidade do mundo e os impactos econômicos das medidas protecionistas internacionais. Autoridades de países como Japão e Estados Unidos já se manifestaram, reafirmando o interesse em manter a cooperação com a Coreia do Sul. O presidente iniciou seu mandato recebendo o informe militar tradicional, que formalizou a transição de poder.