Stefan Bollinger, novo CEO do Julius Baer, assumiu o cargo em janeiro com a missão de reformar o banco suíço, marcado por escândalos recentes. Em seu primeiro dia, incentivou a equipe a comunicar-se abertamente, recebendo mais de 1.000 e-mails. No entanto, cinco meses depois, enfrenta desafios como investigações regulatórias, resistência interna e heranças problemáticas, incluindo perdas de US$ 700 milhões ligadas ao império imobiliário de Rene Benko.
Bollinger, ex-executivo do Goldman Sachs, implementou mudanças como a redução da equipe de gestão e a introdução de co-lideranças, inspiradas em sua experiência anterior. Apesar disso, analistas consideram o progresso ‘insatisfatório’. A chegada do novo presidente, Noel Quinn, ex-CEO do HSBC, visa apoiar a transformação cultural, mas interesses internos e a mentalidade conservadora do banco dificultam as reformas.
Enquanto investidores mantêm esperança, refletida no índice preço/valor patrimonial do banco, Bollinger busca equilibrar a gestão de riscos com o crescimento. Sua abordagem energética divide opiniões, com alguns funcionários elogiando as mudanças e outros criticando a falta de adaptação à cultura tradicional do Julius Baer. O desfecho dessa transição dependerá do tempo e do apoio que Bollinger receber para consolidar sua visão.